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A PARTENOGÊNESE NA ESPÉCIE HUMANA É UMA POSSIBILIDADE CIENTÍFICA?

por Joseph Clements, MD

[Este artigo sobre a possibilidade de nascimento virginal em humanos foi publicado em A palavra, Vol. 8, nº 1, quando Harold W. Percival era editor. Todas as notas de rodapé são assinadas “Ed.” indicando que foram escritos pelo Sr. Percival.]

Nesta breve discussão não se propõe buscar evidenciar um caso específico de partenogênese humana, a proposição limita-se à possibilidade de tal caso. É verdade que tem a sua relação com um suposto caso – o nascimento virginal de Jesus – e se surgirem evidências de tal possibilidade, removerá um artigo fundamental da fé religiosa de uma base milagrosa para uma base científica. No entanto, é importante notar desde o início a distinção feita entre a demonstração de um caso específico e apenas a evidência de possibilidade científica.

Em si, é uma questão puramente científica e deve ser atacada aqui.

A discussão da partenogênese envolve a consideração geral da função reprodutiva e o breve levantamento só possível aqui pode, no entanto, proporcionar uma visão suficientemente abrangente e correta da forma específica de reprodução que interessa a este estudo.

A reprodução, dado um primeiro organismo, é do interesse da produção e perpetuação de espécies ou raças, e também da evolução de formas superiores de organismos. O último ponto – a evolução de formas progressivas de coisas vivas – deve ser descartado de qualquer menção adicional como irrelevante para a presente proposição.

A preservação da raça coincide com a formação da raça, e a reprodução ocorre primeiro para o indivíduo e depois para a espécie.

É importante notar que esta distinção se refere à questão a ser respondida e orienta a direção do argumento a ser construído.

As duas formas de reprodução são a assexuada primitiva e a sexual posterior. O método simples de reprodução assexuada por fissura ou divisão celular, cada metade equivalente à outra, foi e é o método predominante nos primeiros e mais baixos graus de organismos, com variações de “brotamento” e “esporação”, surgindo e até a função reprodutiva mais complexa – a sexual.

Nos organismos mais complexamente elaborados em sua estrutura orgânica existem os dois sexos com órgãos e funções especiais. A reprodução sexual é alcançada na união ou coalescência de duas células, um óvulo e um espermatozóide. Em alguns organismos unicelulares existem bioplasmas germinativos masculinos e femininos, uma espécie de hermafrodismo, e a evolução avança em direção à função sexual aperfeiçoada.

A qualidade ou caráter essencial da reprodução sexual normal ou aperfeiçoada é a mistura de partes iguais (hereditárias) dos núcleos masculino e feminino (Haeckel).

Em certos organismos acima do grau em que a reprodução sexual foi desenvolvida e estabelecida, encontra-se uma partenogênese, não como uma modificação da reprodução assexuada anterior no progresso da evolução em direção à forma avançada ou sexual, mas onde a função sexual dupla está em voga; e devido às condições ambientais, a parte masculina da função é abandonada ou dispensada, tornando-se desnecessária nesses casos específicos, ou sendo a parte puramente essencial da função afetada de outra forma. Isto é apenas partenogênese pura e simples. A maioria das formas de hermafrodismo são apenas modificações de ambas as funções, mais ou menos combinadas.

Essa partenogênese pura ocorre em algumas classes de organismos (não apenas em indivíduos) na histona, em alguns platódios e em articulações superiores, sendo os organismos assim produzidos, em grande medida, normais.

Ainda assim, a partenogenética não foi estabelecida em nenhum lugar como forma permanente de reprodução; em certo sentido, ou praticamente, acaba. Há algum defeito e impotência inerentes – uma ilustração da qual temos no híbrido, a mula, embora não seja um caso idêntico.

Neste caso de reprodução, as qualidades masculinas do cavalo são substituídas pelas do asno, mas não sendo estas equivalentes, em todos os detalhes, às do cavalo, a reprodução - a função adulterada - cessa na mula. Para o produto da mula, o substituto imperfeito – a função do asno é totalmente suficiente. Mas para a preservação e continuidade da raça ele falha, é incompetente; a mula é infértil, e o burro e o cavalo são os pais em todos os casos de reprodução.

De modo que a função masculina na reprodução é, antes de tudo, a transmissão das propriedades masculinas no interesse da perpetuação da raça. Os personagens masculinos imperfeitos do asno são totalmente competentes na reprodução de uma mula, um animal tão perfeito como tal, como qualquer um dos pais, e superiores a ambos em alguns aspectos, mas incompetentes na função de reprodução.

Na partenogênese os personagens masculinos são dispensados,[1][1] O personagem masculino não é realmente dispensado. Está contido no organismo feminino e nos óvulos em estado latente e torna-se ativo apenas no momento crítico. a reprodução sendo alcançada, no entanto, naqueles níveis inferiores de vida, oferecendo um problema de reprodução para solução.

Nesta partenogênese primitiva, as qualidades masculinas não são fornecidas pelas condições ambientais, de modo que a parte principal da função masculina – aquela no interesse da perpetuação da raça – está ausente e não é fornecida de outra forma. Sendo as funções reprodutivas incompletas, a incompetência deve estar na parte da função essencial para a preservação da raça – os personagens masculinos dão isso. Isso já fica evidente no fato de que a partenogênese não é um método estabelecido de reprodução, e as classes onde ela ocorre não persistem no progresso da evolução.

Qualquer que seja a explicação que se possa encontrar para a reprodução onde os caracteres masculinos não são fornecidos – isto é, na partenogénese “normal” – a mera transmissão de propriedades masculinas não abrange a totalidade da função masculina. Como é bem sabido, a partenogênese foi recentemente ilustrada e também alcançada em experimentos dos professores Loeb e Mathews na Universidade de Chicago. Estes resultados experimentais evidenciam que a função masculina na reprodução é dupla: a atribuição dos caracteres masculinos no interesse da continuidade da raça na reprodução, e também uma catálise para a função feminina no desenvolvimento.[2][2] A catálise é causada, não principalmente pelo caráter masculino como o espermatozóide, nem pela função feminina, mas por um terceiro fator que permanece estável embora cause a união da semente com o óvulo, a decomposição de cada um como tal. e a construção ou mudança de acordo com o terceiro fator ou fator estável que está presente.

O professor Loeb dispensou a primeira e principal parte da função masculina e, através do fornecimento artificial de uma solução química de sais inorgânicos, uma catálise química forneceu o estímulo necessário à parte feminina da função reprodutiva, e os ovos das estrelas do mar tornaram-se mais ou menos maduros. desenvolvimento.[3][3] Os sais forneceram o elemento físico positivo para o contato com os ovos, mas a catálise foi causada pela presença do terceiro fator, que não é físico. O terceiro fator e causa da catálise está presente na fase inicial da reprodução em todas as formas de vida. O terceiro fator é diferente em princípio e tipo no ser humano. — Ed.

Nisto, que é uma verdadeira partenogênese, perde-se a propriedade da função essencial à preservação da raça, isto é, no que diz respeito ao equivalente, nesses organismos inferiores, da atribuição dos caracteres masculinos em cada instância de reprodução. . Se isso equivale a uma perda total da função reprodutiva depende do caráter e da potência da função feminina na evolução individual específica. Isto é, depende se as estrelas-do-mar evoluídas partenogeneticamente são elas próprias competentes para a reprodução e até que ponto.

Parece que a perpetuação da raça é não previsto na partenogênese induzida; isso é possível apenas na função feminina[4][4] A partenogênese é possível apenas na fêmea. No ser humano, a partenogênese física é remotamente possível tanto no corpo masculino quanto no feminino, como veremos mais adiante. — Ed., isto é, com uma catálise fornecida e, em caso afirmativo, até que ponto?[5][5] O caráter masculino não pode ser dispensado na preservação física da raça. Poderia ser possível, através da acção química, induzir a catálise na fêmea humana, mas a questão não seria humana porque o factor e a causa da catálise na reprodução sexual normal estariam ausentes, e a ligação entre o óvulo e o elemento químico seria causado pela presença de um fator ou espécie abaixo do humano.—Ed.

Na partenogênese obtida artificialmente, o estímulo simples e, pode-se designar, incidental à função feminina é aquele que o uso da solução química assegura. Mas a eficiência da catálise depende da natureza e da potência da função feminina quando privada da maior parte da função masculina normalmente fornecida. Ou, em outras palavras, a propriedade de reprodução ainda está intacta na estrela-do-mar, alcançada partenogeneticamente? E, em caso afirmativo, por quanto tempo poderá ser retido?

Um estudo da função reprodutiva feminina na sua totalidade indicará a relevância e importância destas questões; e como a proposição diante de nós é sobre a partenogênese humana, avançamos para a consideração da função reprodutiva humana, e especialmente da parte feminina dela.

O produto da reprodução sexual humana normal é a prole com as características de ambos os pais. Ambos os tipos de caracteres são sempre encontrados na prole e dão equilíbrio ao organismo assim produzido. Se tivéssemos uma descendência apenas com as características femininas da hereditariedade – supondo que isso fosse possível – o organismo poderia ser completo, como tal, mas deficiente em algumas das propriedades do organismo normal. A evidência da razoabilidade da suposição é vista nas estrelas-do-mar partenogenéticas. Mas, como vimos, haveria deficiência e incompetência em algumas particularidades e propriedades, e tendo em vista a incompetência da mula na procriação sugere-se que a deficiência estaria na reprodutiva, que é a função adulterada em qualquer partenogênese. Assim, além do equilíbrio do caráter, a função masculina na transmissão de características masculinas inclui também esta propriedade de virilidade, que numa partenogênese estaria ausente, salvo e na medida em que a função reprodutiva feminina possa possuí-la em potencialidade por hereditariedade (uma assunto a ser abordado mais adiante).

As duas funções fundamentais da vida – nutrição e reprodução – são as funções básicas em todos os graus de organismos, desde o mais baixo, com modificações à medida que a evolução prossegue e aumenta. As propriedades de possibilidades e também de limitações existentes nos organismos avançados não operam nas espécies de vida inferiores e primitivas, e o inverso é verdadeiro, dentro de certos limites.

A função de reprodução do híbrido no grau superior, a mula, sendo interferida, a reprodução cessa imediatamente, mas no hibridismo inferior na escala de vida esta limitação não está em vigor, pelo menos não no mesmo grau, sendo os híbridos marcadamente fértil – deve ser levado em conta ao estimar o caráter e o poder da função feminina na reprodução humana.

O professor Ernst Haeckel, grande autoridade neste ramo da ciência, diz: “O ovário duma donzela madura contém cerca de 70,000 óvulos, cada um dos quais pode desenvolver-se num ser humano sob circunstâncias favoráveis.” Diz-se que as circunstâncias favoráveis ​​são “o encontro com um espermio masculino após a liberação de um desses óvulos do ovário”.

É claro que muito deve ser levado em consideração na interpretação das declarações do Professor Haeckel acima.

Mesmo a partir do fato da partenogênese nas estrelas do mar, é justo supor que o óvulo feminino, além da adição de caracteres masculinos, é competente para se desenvolver em um ser humano, embora as propriedades no interesse da perpetuação da raça possam ser deficientes na instância específica. Isso é evidente como um fato na partenogênese da estrela do mar; é preciso mostrar por que não seria equivalente no ser humano.

Agora - dispensando a necessidade dos personagens masculinos no interesse da preservação da raça, como na partenogênese induzida - tudo o que seria necessário para o desenvolvimento do óvulo feminino em um ser humano seria a catálise incidental da função feminina representada e fornecida pela substância química. catálise na partenogênese da estrela do mar.[6](a). O humano é a exceção “no grupo dos mamíferos” porque possui um fator bastante distante dos demais. Em outros do grupo dos mamíferos, desejo é o princípio que controla e especifica o fator, que determina a espécie. No ser humano, o princípio da mente é o fator adicional pelo qual é possível alterar a ordem de reprodução. (b). Não existe equivalente físico para a catálise química na partenogênese da estrela do mar, pelo menos não no atual organismo sexual, mas existe uma catálise equivalente que pode resultar no que poderia ser chamado de partenogênese psíquica. Uma consideração mais detalhada da função feminina humana na reprodução pode apoiar a posição aqui assumida.

Este óvulo maduro de uma donzela madura, que é capaz de se desenvolver em um ser humano, tem todas as características do organismo donzela. Nestes estão incluídos os caracteres hereditários de ambos os seus pais, com os de seus ancestrais em graus de evolução anteriores.[7][7] Isto chega muito perto da verdade. É possível que o organismo humano desenvolva tanto a semente como o óvulo, embora o ser humano comum possa desenvolver e elaborar apenas um dos dois. Cada organismo tem ambas as funções; um é operativo e dominante, o outro é suprimido ou potencial. Isso é verdade até mesmo anatomicamente. É possível desenvolver uma raça de seres humanos com ambas as funções ativas. Não raro nascem seres com órgãos masculinos e femininos, conhecidos como hermafroditas. Estes são infelizes, porque não são adequados às necessidades físicas de nenhum dos sexos, nem têm faculdades e poderes mentais que deveriam acompanhar o hermafrodita normal e plenamente desenvolvido, com ambas as funções ativas. Nos corpos humanos masculino e feminino existem dois germes, positivo e negativo. O germe masculino positivo não deixa nenhum dos organismos durante a vida. É o germe negativo feminino de cada um que entra em contato com o outro. No corpo masculino o germe negativo se desenvolve e atua na qualidade do espermatozóide; no corpo feminino, o germe negativo se desenvolve e atua como o óvulo.

O organismo humano adulto amadurece seu germe negativo como semente ou ovo, conforme seja masculino ou feminino. Essas sementes ou ovos evoluíram e dependem do sistema nervoso como o fruto de uma árvore. Quando maduros, eles são precipitados através dos canais comuns para o mundo, para serem perdidos como sementes em solo estéril ou para resultar no nascimento humano. Este é o curso normal. Pode ser mudado através de uma poderosa influência psicológica. Quando o germe humano amadurece, é possível que a mente atue sobre ele de modo a produzir uma catálise completa, mas esta autocatálise, em vez de mudá-lo de uma condição física para outra, muda-o do estado físico para o psíquico. . Isto é, o germe físico é elevado a uma potência superior, à medida que a água pode ser convertida em vapor; como em uma progressão matemática, é elevado à segunda potência. É então um óvulo psíquico na natureza psíquica do ser humano. Não perdeu nenhuma de suas características reprodutivas. Nesse estado psíquico o óvulo psíquico é capaz de amadurecer e iniciar um processo semelhante à fecundação e ao desenvolvimento fetal. O desenvolvimento aqui, porém, é de natureza psicológica e, em vez de o útero ser utilizado para a entrada, impregnação e desenvolvimento desse óvulo psíquico, outra parte do corpo desempenha essa função. Esta parte é a cabeça. O desenvolvimento do germe físico comum ocorre através dos órgãos de reprodução, mas quando passa do estado físico para o estado psíquico, não está mais conectado com esses órgãos. O óvulo psíquico sobe, da parte inferior da coluna vertebral, para a medula espinhal e, daí, para o interior do cérebro, onde encontra o germe masculino positivo mencionado anteriormente. Então, por uma intensa aspiração e exaltação da mente, eles são estimulados e frutificados por um influxo vindo de cima, do Ser divino da pessoa. Então começa um processo e desenvolvimento psicológico resultando no nascimento de um ser inteligente distinto e completo, separado do corpo. Este ser não é físico. É psíquico, luminoso. - Ed.
Não faltam qualidades masculinas na dotação hereditária da própria donzela, ou naquilo que ela deve legar, e no caso de uma partenogênese, dispensando a habitual adição das propriedades paternas neste caso, não parece que haveria uma ruptura séria na continuidade masculina da hereditariedade, ameaçando a potência do fenómeno reprodutivo imediato.

O ovário inaugural, como uma colméia de abelhas (70,000 fortes), chegou ao ponto de produzir e amadurecer esses óvulos em tal abundância. Além disso, a função inaugural fornece uma membrana de revestimento ou cobertura interna adequada, especialmente para a recepção do óvulo – um suprimento venoso complexo sendo pré-arranjado – e para sua nutrição e desenvolvimento. Além disso, alguns desses óvulos são liberados, expelidos do ovário e passados ​​pelos tubos fornecidos para esse fim, e seguem para o útero antes de se estabelecerem como o “ponto germinativo”; e tudo isso sem a ajuda da função masculina em qualquer particular, a menos que a objeção seja levantada até o último ponto - a passagem apenas do óvulo para o útero.

A gravidez extra-uterina e tubária evidencia que o próprio espermatozóide viaja até a trompa de Falópio e lá encontra o óvulo. Pesquisas sobre o assunto parecem indicar que este pode ser o método usual; mas são necessárias mais evidências para provar que em nenhum caso o óvulo passa por si mesmo para o útero e nas proximidades do local onde a mancha germinativa é formada antes de encontrar o espermio. Mas, no máximo - estando isto comprovado - apenas amplia e aumenta o poder e a importância da catálise incidente da função masculina, dando impulso ao óvulo para emergir da trompa e entrar no útero e se estabelecer no local preparado; quem contesta não impõe nenhuma impossibilidade física ou química ao fenômeno feminino assumido.

O segundo estágio da função reprodutiva, uma vez iniciado – o óvulo virgem aderido à parede uterina – é tão pura e inteiramente feminino quanto o foi a primeira parte, sem ignorar o ponto da objeção reconhecida acima.

A função reprodutiva é realizada em duas etapas. A parte já delineada, a primeira etapa, é, como vimos, inteiramente feminina, salvo na atribuição dos personagens masculinos no interesse da preservação da raça, com a catálise incidental à função feminina. Tendo, em um caso específico, dispensado a necessidade das qualidades masculinas, conforme garantido pela partenogênese da estrela do mar, tudo o que é necessário para inaugurar o segundo estágio deste é o ímpeto para que o óvulo se agarre ao local germinativo, ou pelo menos a maioria emerge da extremidade inferior da trompa de Falópio antes disso. Isto realizado, por qualquer meio, todas as energias reprodutivas femininas são imediatamente voltadas e gastas no estágio restante da função de desenvolvimento. Nenhuma liberação de óvulos ou preparação do sítio placentário uterino é necessária ou efetuada – aqui prevalece a quiescência, sendo as potências reprodutivas exigidas em outros lugares.

Antes de chegar ao ponto final do argumento, a questão sobre a possibilidade de partenogênese em organismos superiores - mamíferos - aqueles entre os organismos de grau muito baixo onde ocorre normalmente e nas estrelas do mar, e o mais elevado de todos os mamíferos, o humano , apenas algumas palavras indicarão que a resposta é negativa. Quanto mais se afasta do método assexuado de reprodução, mais pronunciado é o método sexual, tanto nos órgãos como na função. A reprodução torna-se cada vez mais complexa, a cooperação conjunta dos órgãos e o dualismo da função dificultam a dispensa do complemento total da função masculina, bem como o fornecimento da catálise, como nos graus mais simples da vida, o equivalente para a catálise masculina na função sendo simples e mais viável de falsificação ou substituição. Nas séries superiores é mais complexo e mais difícil e pareceria cientificamente impossível. De modo que, abaixo do homem, até ao organismo mamífero mais inferior, uma catálise eficiente, mesmo para esta parte incidental da função masculina, pareceria impossível.

Isto deixa-nos a questão final: Poderá o ser humano ser a excepção a este princípio no grupo mamífero de organismos reprodutivos sexuados? E com isso a pergunta: O que seria no fenômeno reprodutivo humano um equivalente para a catálise química na partenogênese da estrela-do-mar?[8][8] No atual desenvolvimento orgânico da raça, nenhum dos sexos é competente para desenvolver tanto a semente quanto o óvulo no mesmo organismo, de modo a resultar no nascimento de um ser humano normal, porque aquele lado da natureza que está latente não tem meio de desenvolver e elaborar a semente ou ovo latente; portanto, um nascimento físico partenogenético ou virginal não é possível nas condições atuais. É possível, contudo, que uma poderosa influência psicológica provoque uma catálise, mas tal catálise não resultaria em nascimento físico.

O organismo humano adulto amadurece seu germe negativo como semente ou ovo, conforme seja masculino ou feminino. Essas sementes ou ovos evoluíram e dependem do sistema nervoso como o fruto de uma árvore. Quando maduros, eles são precipitados através dos canais comuns para o mundo, para serem perdidos como sementes em solo estéril ou para resultar no nascimento humano. Este é o curso normal. Pode ser mudado através de uma poderosa influência psicológica. Quando o germe humano amadurece, é possível que a mente atue sobre ele de modo a produzir uma catálise completa, mas esta autocatálise, em vez de mudá-lo de uma condição física para outra, muda-o do estado físico para o psíquico. . Isto é, o germe físico é elevado a uma potência superior, à medida que a água pode ser convertida em vapor; como em uma progressão matemática, é elevado à segunda potência. É então um óvulo psíquico na natureza psíquica do ser humano. Não perdeu nenhuma de suas características reprodutivas. Nesse estado psíquico o óvulo psíquico é capaz de amadurecer e iniciar um processo semelhante à fecundação e ao desenvolvimento fetal. O desenvolvimento aqui, porém, é de natureza psicológica e, em vez de o útero ser utilizado para a entrada, impregnação e desenvolvimento desse óvulo psíquico, outra parte do corpo desempenha essa função. Esta parte é a cabeça. O desenvolvimento do germe físico comum ocorre através dos órgãos de reprodução, mas quando passa do estado físico para o estado psíquico, não está mais conectado com esses órgãos. O óvulo psíquico sobe, da parte inferior da coluna vertebral, para a medula espinhal e, daí, para o interior do cérebro, onde encontra o germe masculino positivo mencionado anteriormente. Então, por uma intensa aspiração e exaltação da mente, eles são estimulados e frutificados por um influxo vindo de cima, do Ser divino da pessoa. Então começa um processo e desenvolvimento psicológico resultando no nascimento de um ser inteligente distinto e completo, separado do corpo. Este ser não é físico. É psíquico, luminoso. - Ed.

O ser humano é a evolução orgânica mais elevada; as funções aqui atingiram seu desenvolvimento mais perfeito. E embora seja evidente que não possam surgir condições ambientais que tornem desnecessária a parte masculina da função reprodutiva - como nos graus muito baixos da vida - é igualmente improvável, se não impossível, que qualquer realização artificial externa de catálise para o a função feminina oferece promessa de sucesso. Se tal catálise for possível, deve ser uma autocatálise – uma catálise alcançada pelo próprio organismo, pela ação cooperativa de alguma outra função ou funções próprias. Caso contrário, uma partenogênese humana deve ser considerada impossível – física e quimicamente impossível.

No organismo humano, as funções psicológicas são as mais elevadas. Na evolução progressiva dos seres vivos, desde o primeiro germe unicelular até ao homem, as funções físicas avançaram em multiplicidade e multiplexidade, e o progresso tem sido constante, do simples ao complexo, do físico e material ao potencial e ao psíquico. Cada passo e grau na evolução do organismo individual, e sua diferenciação em espécies e gêneros, tem sido cada vez mais importante. funcional e os votos de psíquico. Na base da vida orgânica, a simples formação e movimento dos tecidos afeta as funções simples de nutrição e divisão celular – não existe vida “psíquica” dos microrganismos adequadamente considerada – ou seja, a vida “psíquica” dos microrganismos. e., psíquico de tipo superior.

Avançando, os tecidos agrupam-se e formam órgãos, e dos “organismos sem órgãos” a escala sobe para o desenvolvimento de organismos com aglomerados de órgãos, nos quais as atividades dos tecidos, as funções dos órgãos e os grupos de funções orgânicas assumem multiplicidade e complexidade progressivas. .

É provável que a vida tenha existido na Terra entre vinte e cem milhões de anos, durante os quais estas diferenciações nos organismos vivos têm alcançado, e progressivamente nas direções indicadas acima - na evolução ou realização da multiplexidade de funções. Assim, nos organismos superiores existem funções que são o produto ou resultado de funções. A aparência da função mais antiga – a nutrição – é o resultado imediato de simples movimentos celulares ou teciduais. A vida orgânica tem, necessariamente, uma base física, e as atividades físicas imediatamente efetuar as funções básicas. Na multiplicidade de funções orgânicas dos organismos superiores, as funções mais complexas (que são as que evoluíram posteriormente) estão mais distantes das funções básicas, que são alcançadas imediatamente pelos movimentos dos tecidos e órgãos - sendo algumas das funções superiores menos imediatamente dependentes do atividades materiais do que as funções anteriores e mais básicas. Esse amontoado de funções, em sua multiplexidade e em virtude de sua complexidade, afeta as funções superiores — as psíquicas e as intelectuais. Isto é, as funções da mente são as mais elevadas das funções orgânicas; eles são efetuados e só são possíveis de serem alcançados como o resultado dos grupos cíclicos de funções que trazem à entidade o egoísmo humano alcançado de forma múltipla e complexa.

É inconcebível, portanto, que possa haver fenómenos psicológicos, propriamente ditos, nos organismos muito inferiores, sendo as suas funções demasiado simples e poucas para o tornarem possível. Os fenômenos psicológicos têm base na consciência e na vontade individuais, e as funções competentes para um fenômeno tão complexo são necessariamente de caráter e qualidade multiplex e complexamente evoluídos, e a “vida psíquica dos microrganismos” e a “psicologia dos organismos inferiores” são enganosas, a menos que essas distinções metafísicas que prevalecem sejam marcadas.

No organismo humano, como em nenhum outro lugar, na medida em que os fatos, as evidências, as funções físicas e as atividades materiais são influenciadas pelo psiquismo e pela vontade do ego. Como já visto, no homem predomina a função – a potência sobre a materialidade – e nos organismos mais elevados, onde reina a função, o psiquismo entra em entidade e o intelectual torna-se a característica distintiva. A potência da vida é o agente ativo em todos os fenômenos orgânicos e, no organismo humano, a potencialidade psíquica ou mental é a força predominante – é claro, dentro de certas limitações. Conseqüentemente, as funções físicas que são produto das atividades materiais são poderosamente influenciadas pelas emoções mentais. Um certo homem pode parar suas próprias pulsações cardíacas e, depois de um tempo incrivelmente longo, permitir sua retomada. Um susto repentino tornou o cabelo grisalho durante a noite e, assim, a função e o processo de continuidade de anos foram alcançados em uma hora, psicologicamente. Existem as “psicoses”, doenças de etiologia e caráter psicológico pronunciados, indicando a grande subserviência do físico ao mental. Especialmente a função reprodutiva está intimamente relacionada e influenciada pela psicológica. O “consentimento” da mulher é, em grande parte e em muitos casos, a única condição de resposta ao homem na iniciação da função em consideração, e o psicológico é marcadamente influente nos estágios posteriores do desenvolvimento embriológico, com questões de determinação do sexo em presente abundantemente nos círculos científicos.

Trazendo o argumento para o foco, um conjunto de pontos é apresentado para consideração.

O fenômeno reprodutivo em toda a sua realização é quase inteiramente feminino. A função masculina em todo o processo de reprodução no que diz respeito às suas características principais (nove décimos de sua potencialidade) pode ser dispensada, como visto e ilustrado na partenogênese recentemente alcançada em estrelas do mar, deixando apenas a catálise incidental para a fêmea. funcionar conforme necessário à reprodução. Uma catálise produto do ambiente externo - como vista na chamada partenogênese normal nas formas de vida muito inferiores - é descartada como praticamente impossível em todos os grupos de mamíferos, e a única questão que resta é quanto à possibilidade de uma autocatálise em a espécie humana.

Dados todos os fatos e disposições para reprodução conforme elaborados nas páginas anteriores; dispensando nove décimos da função masculina, a transmissão de personagens masculinos no interesse da perpetuação da raça, como podemos em um caso solitário e específico -para partenogênese estrela-do-mar; reconhecendo a potência do psicológico como a potencialidade mais elevada do organismo humano, não será mais do que possível que no momento oportuno, quando as condições necessárias e normais já definidas tenham sido alcançadas, quando o óvulo maduro, competente para se desenvolver em um ser humano , e na proximidade comparativa do local preparado para sua fixação, sendo essa fixação como “mancha germinativa” a única condição necessária para o ingresso na segunda etapa do processo de desenvolvimento reprodutivo feminino; Não é mais do que possível que uma influência psicológica poderosa (como a emoção da alegria ou da tristeza, que de repente cega ou mata) seja uma catálise competente? Por que não seria possível? O que seria físico ou quimicamente necessário que não esteja aqui previsto e competente?

Certamente, isso só poderia acontecer com alguma probabilidade num caso raro, quando todas as condições ambientais fortuitas estivessem maduras e abundantes - assim como se acredita que a evolução “espontânea” da vida tenha sido possível como um foco das potências cósmicas diferenciadas quando todas as condições externas de temperatura, água líquida em nosso planeta, com sua posição cosmicamente central, foram alcançadas e emitidas em um germe de vida, um foco de potencialidade cósmica em um microcosmo. Estes factos desarmam a objecção de que se uma partenogénese humana fosse possível, e uma vez concretizada, certamente ou provavelmente haveria outros casos do fenómeno. À raridade da conjugação externa das condições necessárias e favoráveis ​​seria correspondida a necessária especificidade de qualificações exigidas na própria pessoa, possível sujeito deste fenómeno raro e único.

Tal donzela precisaria ter um elevado desenvolvimento psicológico; de um hábito e poder mental marcadamente reflexivos e introspectivos; de uma imaginação vívida e realista; ao mesmo tempo, profundamente suscetíveis à auto-sugestão e rápidos em resposta a tais influências psicológicas, e intensivos em seu uso e exercício subjetivo. Dados esses fatores e condições - e todos são características comuns, embora não comumente combinadas em uma personalidade, pode ser - dados, portanto, esses fatores e condições ambientais que exigem o exercício da função psicológica que será a potência na catálise partenogenética, e os fatos e as exigências da ciência não interpõem barreiras físicas ou químicas que provem que tal psicopartenogênese seja impossível, e um nascimento virgem humano, portanto, é uma possibilidade científica.[9][9] Um nascimento virginal é possível, mas não um nascimento através da função sexual humana comum, como brevemente descrito na última nota de rodapé. Para, contudo, que a partenogénese humana ou o nascimento virginal seja possível, o ser humano deve tornar-se virgem; isto é, limpo, puro, casto - não apenas no corpo, mas no pensamento. Isto só pode ser feito através de um longo período de trabalho inteligente no controle saudável do corpo com seus apetites, paixões e desejos físicos, e no desenvolvimento, disciplina e cultivo da mente em direção aos ideais e aspirações mais elevados. Depois de treinar um corpo e uma mente saudáveis, diz-se que ele é virgem, em estado de pureza. Então é possível que uma autocatálise ocorra dentro desse corpo, como mostrado anteriormente. Esta seria uma concepção imaculada, ou o germe da vida frutificado sem contato físico. É bem possível que tal tenha sido o nascimento de Jesus. Se isso for permitido, poderemos entender por que o nascimento e a vida de Jesus não estão registrados na história, porque um ser concebido e nascido tão imaculadamente não seria um ser físico, mas um ser psicoespiritual.

Um corpo que nasce de uma mulher pela função e processo sexual comum deve morrer, a menos que seja descoberta outra lei pela qual ele possa ser salvo da morte. Um ser concebido e nascido através de um processo superior ao normal não está sujeito às leis que regem o físico. Aquele que nasce assim salva a personalidade através da qual nasceu da morte que a personalidade deverá sofrer se for deixada sozinha. Somente através de tal concepção imaculada e nascimento virginal o homem pode ser salvo da morte e tornar-se real e literalmente imortal – Ed.


[1] O personagem masculino não é realmente dispensado. Está contido no organismo feminino e nos óvulos em estado latente e torna-se ativo apenas no momento crítico.

[2] A catálise é causada, não principalmente pelo caráter masculino como o espermatozóide, nem pela função feminina, mas por um terceiro fator que permanece estável, embora provoque a união da semente com o óvulo, a decomposição de cada um como tal e a construção aumentando ou mudando de acordo com o terceiro fator estável que está presente. - Ed.

[3] Os sais forneceram o elemento físico positivo para o contato com os ovos, mas a catálise foi causada pela presença do terceiro fator, que não é físico. O terceiro fator e causa da catálise está presente na fase inicial da reprodução em todas as formas de vida. O terceiro fator é diferente em princípio e tipo no ser humano. — Ed.

[4] A partenogênese é possível apenas na fêmea. No ser humano, a partenogênese física é remotamente possível tanto no corpo masculino quanto no feminino, como veremos mais adiante. — Ed.

[5] O caráter masculino não pode ser dispensado na preservação física da raça. Poderia ser possível, através da acção química, induzir a catálise na fêmea humana, mas a questão não seria humana porque o factor e a causa da catálise na reprodução sexual normal estariam ausentes, e a ligação entre o óvulo e o elemento químico seria causado pela presença de um fator ou espécie abaixo do humano.—Ed.

[6] (a). O humano é a exceção “no grupo dos mamíferos” porque possui um fator bastante distante dos demais. Em outros do grupo dos mamíferos, desejo é o princípio que controla e especifica o fator, que determina a espécie. No ser humano, o princípio da mente é o fator adicional pelo qual é possível alterar a ordem de reprodução. (b). Não existe equivalente físico para a catálise química na partenogênese da estrela do mar, pelo menos não no atual organismo sexual, mas existe uma catálise equivalente que pode resultar no que poderia ser chamado de partenogênese psíquica.

[7] Isto chega muito perto da verdade. É possível que o organismo humano desenvolva tanto a semente como o óvulo, embora o ser humano comum possa desenvolver e elaborar apenas um dos dois. Cada organismo tem ambas as funções; um é operativo e dominante, o outro é suprimido ou potencial. Isso é verdade até mesmo anatomicamente. É possível desenvolver uma raça de seres humanos com ambas as funções ativas. Não é raro que nascem seres com órgãos masculinos e femininos, conhecidos como hermafroditas. Estes são infelizes, porque não são adequados às necessidades físicas de nenhum dos sexos, nem têm faculdades e poderes mentais que deveriam acompanhar o hermafrodita normal e plenamente desenvolvido, com ambas as funções ativas. Nos corpos humanos masculino e feminino existem dois germes, positivo e negativo. O germe masculino positivo não deixa nenhum dos organismos durante a vida. É o germe negativo feminino de cada um que entra em contato com o outro. No corpo masculino o germe negativo se desenvolve e atua na qualidade do espermatozóide; no corpo feminino, o germe negativo se desenvolve e atua como o óvulo.

Para o nascimento de um ser humano normal, além dos germes masculino e feminino, é necessária uma terceira presença. Esta terceira presença é um germe invisível que não é fornecido por nenhum dos sexos. Este terceiro germe é fornecido pelo futuro ser humano que irá encarnar. Este terceiro germe invisível une a semente e o ovo e é a causa da catálise. — Ed.

[8] No atual desenvolvimento orgânico da raça, nenhum dos sexos é competente para desenvolver tanto a semente como o óvulo no mesmo organismo, de modo a resultar no nascimento de um ser humano normal, porque aquele lado da natureza que está latente não tem meios de desenvolver-se. e elaborando a semente ou ovo que está latente; portanto, um nascimento físico partenogenético ou virginal não é possível nas condições atuais. É possível, contudo, que uma poderosa influência psicológica provoque uma catálise, mas tal catálise não resultaria em nascimento físico.

O organismo humano adulto amadurece seu germe negativo como semente ou ovo, conforme seja masculino ou feminino. Essas sementes ou ovos evoluíram e dependem do sistema nervoso como o fruto de uma árvore. Quando maduros, eles são precipitados através dos canais comuns para o mundo, para serem perdidos como sementes em solo estéril ou para resultar no nascimento humano. Este é o curso normal. Pode ser mudado através de uma poderosa influência psicológica. Quando o germe humano amadurece, é possível que a mente atue sobre ele de modo a produzir uma catálise completa, mas esta autocatálise, em vez de mudá-lo de uma condição física para outra, muda-o do estado físico para o psíquico. . Isto é, o germe físico é elevado a uma potência superior, à medida que a água pode ser convertida em vapor; como em uma progressão matemática, é elevado à segunda potência. É então um óvulo psíquico na natureza psíquica do ser humano. Não perdeu nenhuma de suas características reprodutivas. Nesse estado psíquico o óvulo psíquico é capaz de amadurecer e iniciar um processo semelhante à fecundação e ao desenvolvimento fetal. O desenvolvimento aqui, porém, é de natureza psicológica e, em vez de o útero ser utilizado para a entrada, impregnação e desenvolvimento desse óvulo psíquico, outra parte do corpo desempenha essa função. Esta parte é a cabeça. O desenvolvimento do germe físico comum ocorre através dos órgãos de reprodução, mas quando passa do estado físico para o estado psíquico, não está mais conectado com esses órgãos. O óvulo psíquico sobe, da parte inferior da coluna vertebral, para a medula espinhal e, daí, para o interior do cérebro, onde encontra o germe masculino positivo mencionado anteriormente. Então, por uma intensa aspiração e exaltação da mente, eles são estimulados e frutificados por um influxo vindo de cima, do Ser divino da pessoa. Então começa um processo e desenvolvimento psicológico resultando no nascimento de um ser inteligente distinto e completo, separado do corpo. Este ser não é físico. É psíquico, luminoso. - Ed.

[9] Um nascimento virginal é possível, mas não um nascimento através da função sexual humana comum, como brevemente descrito na última nota de rodapé. Para, contudo, que a partenogénese humana ou o nascimento virginal seja possível, o ser humano deve tornar-se virgem; isto é, limpo, puro, casto - não apenas no corpo, mas no pensamento. Isto só pode ser feito através de um longo período de trabalho inteligente no controle saudável do corpo com seus apetites, paixões e desejos físicos, e no desenvolvimento, disciplina e cultivo da mente em direção aos ideais e aspirações mais elevados. Depois de treinar um corpo e uma mente saudáveis, diz-se que ele é virgem, em estado de pureza. Então é possível que uma autocatálise ocorra dentro desse corpo, como mostrado anteriormente. Esta seria uma concepção imaculada, ou o germe da vida frutificado sem contato físico. É bem possível que tal tenha sido o nascimento de Jesus. Se isso for permitido, poderemos entender por que o nascimento e a vida de Jesus não estão registrados na história, porque um ser concebido e nascido tão imaculadamente não seria um ser físico, mas um ser psicoespiritual.

Um corpo que nasce de uma mulher pela função e processo sexual comum deve morrer, a menos que seja descoberta outra lei pela qual ele possa ser salvo da morte. Um ser concebido e nascido através de um processo superior ao normal não está sujeito às leis que regem o físico. Aquele que nasce assim salva a personalidade através da qual nasceu da morte que a personalidade deverá sofrer se for deixada sozinha. Somente através de tal concepção imaculada e nascimento virginal o homem pode ser salvo da morte e tornar-se real e literalmente imortal – Ed.